A chegada do Consolador
Postado: 11 janeiro 2017 19:40h
Autor: Revista Reformador
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“Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro consolador a fim de que fique eternamente convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. – Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito.”S. João, 14:15 a 17 e 26.

Jesus marcou fortemente a sua presença junto aos homens.

Trouxe-nos as noções básicas da Lei de Amor que rege toda a obra da Criação Divina, mostrando que Deus, nosso Pai, é justo e bom, e que tudo criou para o bem e para a dinâmica do aprimoramento que a todos felicita.

Ensinou-nos a amar a Deus, amar ao próximo e a nós mesmos.

Deixou-nos um exemplo vivo da prática da caridade no seu sentido mais amplo e profundo, cultivando a benevolência para com todos, a indulgência para com as imperfeições humanas e dando um marcante testemunho de perdão, quando, já crucificado, pediu a Deus que perdoasse os homens.

Sabia, contudo, que seus exemplos e lições não seriam colocados em prática, de imediato, pelos seres humanos, os quais iriam deturpá-los e distorcê-los, adaptando- os às suas limitações.

Jesus também reconhecia não haver, na época, condições de passar aos homens todos os ensinos. Era preciso aguardar o trabalho da evolução, preparando a Humanidade com dolorosas experiências, para a conquista de novos conhecimentos.

No período que se seguiu à sua presença na Terra, a Humanidade aprimorou-se: a Ciência rompeu barreiras e ampliou seus conhecimentos; a Filosofia aprofundou o raciocínio em busca da verdade; a Religião revisou seus conceitos com relação ao Criador e à Criação; e as Artes desenvolveram o sentimento no cultivo do belo e da harmonia universal.

À medida que avançava em novas conquistas, aumentavam as dúvidas do homem: o que sou, de onde vim, para onde vou, qual a razão da dor e do sofrimento, qual o sentido da existência humana. Surgem condições para novos esclarecimentos: mostra-se oportuna a chegada do Consolador Prometido.

No dia 18 de abril de 1857, em Paris, França, esse Consolador vem efetivamente ao mundo na forma de um singelo livro – O Livro dos Espíritos –, de autoria de um educador, Allan Kardec, e com a mesma simplicidade da manjedoura que marcou a vinda do Messias Nazareno. Chega para ficar eternamente conosco, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.

O Livro dos Espíritos – 150 anos de luz e paz, esclarecendo e consolando.
Editorial da Revista Reformador de abril de 2007, na comemoração dos 150 anos da edição de O Livro dos Espíritos.

Os males deste mundo estão em razão direta das necessidades fictícias que criais para vós mesmos.

— Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Questão 926